Bem, vamos à sexta. Depois de 4 latinhas (façam as contas!) desci do camarote com o prof. Evêncio e sua turma e fomos atrás do trio. Detalhe importante: o camarote sem climatização ficou muito quente. Acho que eles terão que repensar isso pro ano que vem, senão, a galera não vai querer pagar tão mais caro para estar sem conforto.
Outro detalhe importante: mesmo tendo bebida free no camarote, durante o percurso o folião precisa de combustível, logo acaba tendo que comprar cerveja ou qualquer outra coisa.
São exatos 1 h 10 quando Aline entoa: "Jogou sua rede, ó pescador, se encantou com a beleza, desse lindo mar..." Meu coração dispara (não esqueçam: trago uma Bahia dentro de mim!), em 3 anos de Picos, me emociono com minha gente, minha história, minha saudade e minha nostalgia. Já falei aqui que adoro carnaval, mas acho que dei uma amenizada. Não adoro: amo! Sou maluco, tarado por carnaval! Em poucos segundos enquanto ouço os primeiros acordes, entro em transe:
Estou na Bahia? Não estou no Piauí, nosso irmão ali do ladinho, mas com uma cultura bem diferente da nossa! Não importa! Neste momento o Piauí é a minha Bahia, Picos é a minha Bahia e a Severo é a minha Soteropólis! Ê Salvador! Acorda menino! C tá in Picos, mas faz a ponte e transa esse transe!
Galera, desculpem os devaneios, mas minha Bahia é meu berço e não sei bem explicar porque desde quando saí para morar na Paraíba, me agarro à minha cultura, aos meus valores, à minha negritude, minha mãe àfrica forte em minhas raízes.
Estou escrevendo esse post e me arrepio, meus olhos enchem de lágrimas. Não dá para explicar. Talvez vocês digam: o velho Sampa está viajando! Preciso interromper o post...
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