Centro de Saúde "Dr Antenor Neiva" em Picos está fechado desde dezembro de 2010

Construído há mais de 30 anos o centro de saúde foi fechado para reforma no final do ano passado e até hoje a obra não foi iniciada.

JOSÉ MARIA BARROS DO GP1

Interditado pelo Ministério Público Estadual e pela Vigilância Sanitária após a constatação de um foco de dengue no local e devido às péssimas condições das instalações físicas, que ameaçavam desabar, o Centro de Saúde “Dr. Antenor Neiva”, localizado na Avenida Nossa Senhora de Fátima, em Picos, está fechado desde o ano passado.

Imagem: José Maria Barros / GP1Fechamento do Centro de Saúde prejudica população.

A denúncia partiu do vereador Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), que usou a tribuna da Câmara Municipal de Picos para denunciar o caos na saúde do município e cobrar providências dos gestores, pois, segundo ele, a quantidade de recursos é suficiente para cobrir todas as ações básicas que a comunidade necessita.

O Centro de Saúde “Dr. Antenor Neiva” é um dos mais tradicionais e antigos de Picos e desde dezembro do ano passado que está fechado. O prédio foi interditado porque colocava em risco a vida dos servidores, mas o prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), anunciou que faria uma reforma, porém, passados mais de oito meses o serviço ainda não começou.

O presidente da Associação dos Profissionais do Programa de Saúde da Família, odontólogo Winston Alves Silva, disse que foi encontrado um foco de dengue dentro do Centro de Saúde “Dr. Antenor Neiva”, o problema não foi solucionado e por isso o prédio foi interditado e até hoje permanece fechado.

“Isso vem prejudicando a população, porque acabou aglomerando o atendimento no Posto de Saúde do bairro Paroquial. Aqui em Picos temos vários postos dando vazão a dois ou três PSFs e cada PSF tem que ter estrutura única, porque a verba para isso vem. Então, se isso não está sendo respeitado à culpa não é dos profissionais”, explicou.

Segundo ele, até mesmo os postos novos já apresentam problemas em suas estruturas, além do que existem áreas da zona rural que não têm postos de saúde e funcionam precariamente em instalações cedidas pelos moradores, como, por exemplo, em Angical, que o atendimento é feito na sede da Associação de Moradores.